Atendentes de educação recebem capacitação sobre autismo

Treinamentos foram feitos em oito escolas municipais nesta quarta-feira (24)

24/7/2019

Oito escolas municipais receberam nessa quarta-feira (24) uma capacitação que irá ajudar os atendentes de educação a identificar sinais de TEA (Transtorno do Espectro Autista) em crianças de 0 a 3 anos. Os treinamentos foram feitos por membros do SIPTEA (Serviço de Intervenção Precoce no Transtorno do Espectro Autista).

A capacitação ajudou os atendentes a entender como estimular habilidades básicas do desenvolvimento, ou seja, manter contato visual, esperar, imitar. Embora pareçam simples, essas habilidades são muito importantes para o desenvolvimento infantil e crianças que têm o transtorno do espectro autista apresentam dificuldades nessas habilidades e precisam de ajuda.

O SIPTEA for criado em agosto de 2018 com o objetivo de receber as crianças antes do diagnóstico de autismo oficial, por isso o projeto já visava trabalhar junto com a Secretaria de Educação para facilitar a identificação de possíveis sinais do transtorno. Anteriormente, as crianças chegavam para o tratamento, aproximadamente, com 4 anos, o que já é considerado tarde. Após o trabalho do SIPTEA, as crianças passaram a chegar tendo por volta de1 ano e meio.

Para Lucimara Patrícia Patti, terapeuta ocupacional do SIPTEA, essa identificação precoce é essencial para o desenvolvimento das crianças já que elas precisam aprender as habilidades sociais e de comunicação antes dos 4 anos. “O SIPTEA procura fazer essa parceria com a Educação e com a Atenção Básica de Saúde, por isso que fazemos esses espaços de educação permanentes com essas áreas”.

Ela explicou que quando uma atendente de educação identifica possíveis sinais de autismo, o procedimento é relatar isso à assistente técnica pedagógica (ATP) de inclusão da escola e é por meio dessa profissional que a família é orientada a procurar uma unidade de saúde onde será feita uma avaliação. Depois disso, a criança e a família são encaminhadas para o SIPTEA.

A capacitação que aconteceu nessa quarta-feira, em oito escolas diferentes, foi a primeira voltada para os atendentes de educação, que são os profissionais que mais têm contato com as crianças. Anteriormente, já havia sido feita com as assistentes técnicas pedagógicas (ATP) de inclusão, as pedagogas comunitárias e as diretoras das unidades escolares. “O objetivo é manter o contato com a Secretaria de Educação para planejar outros momentos como esse”, complementou a terapeuta.

Além dos treinamentos nas escolas, o SIPTEA promove workshops mensais sobre temas específicos nos quais as ATPS e as diretoras participam juntamente com as famílias. “O SIPTEA entende que a criança aprende no ambiente natural, na escola e em casa e não no contexto de terapia. Nosso foco é treinamento familiar e parceria com a educação para fazer com que esses ambientes naturais tenham muitas oportunidades de aprendizagem para a criança”.